FLUMINENSE x LDU

Hoje o assunto não poderia ser outro. A LDU se sagrou campeã da Copa Toyota Libertadores.

Eu não sou de me pronunciar contra nem a favor de nenhum time, mas preciso usar esse blog com milhões de leitores para expressar minha opinião (tá bem... exagerei).

Antes de mais nada, gostaria de explicar que sou rubro-negro carioca (vulgo flamenguista) e que não torci contra o Fluminense. Também não torci a favor do tricolor. Sinceramente, não consigo fazer isso. Sou torcedor do Flamengo e torço exclusivamente para meu time. Por isso, minha visão será alheia de preconceitos ou afinidades.

Primeiro eu gostaria de avaliar o jogo como um todo. O primeiro tempo do jogo foi um dos mais fracos que eu já vi na história. Os passes errados, as faltas desnecessárias e os erros de arbitragem tiraram o brilho dos gols que aconteceram. Por isso, não assisti o segundo tempo e decidi fazer a postagem das revistas do mês (até porque a mulher melancia é muito mais atraente que o Washington).

Apesar da superioridade técnica e da impressionante virada, o Fluminense não conseguiu fazer o resultado para levar a taça no tempo regulamentar.

A prorrogação foi como deveria ser: chutão para frente e seja o que Deus quiser. Poucos jogadores ainda tinham energia para fazer belas jogadas. O que mais demonstrou disposição foi o argentino Conca.

O pênaltis trouxeram uma surpresa: várias cobranças mal feitas e talvez um pouco de nervosismo nos tricolores. Depois de realizar três defesas, o goleiro equatoriano garantiu a vitória da LDU.

Mas isso é uma análise que desconsidera vários fatores.

O primeiro é que o tricolor mostrou a todos os times brasileiros o que é planejamento. Depois de vencer a Copa do Brasil, a diretoria se preocupou em manter seus talentos (como Thiago Neves e o zagueirão Tiago Silva) e em fazer contratações da melhor qualidade (como Washington, Conca e Dodô).

O mais comum é o campeão da Copa do Brasil relaxar no brasileirão e pensar somente na Libertadores (pensar, não agir). E o Fluminense fez exatamente o contrário. Disputou com qualidade e mostrou que nem precisava da vaga garantida pela Copa, ficando em quarto lugar.

Depois disso, conseguiu encaixar as peças e alcançou o entrosamento desejado. Apesar de não ter feito um bom carioca, os torcedores não reclamaram. Sabiam que o melhor estava por vir.

Pegou um dos grupos mais difíceis e mostrou a que veio. O tricolor carioca teve uma trajetória impecável. Fez a melhor campanha da libertadores e bateu os favoritos, como São Paulo e Boca Juniors. Mas tropeçou no último degrau.

Ninguém pode julgar o Fluminense por um único jogo. O clube nos fez lembrar o que é futebol de verdade. Um time com garra, entrosamento, adepto do futebol arte, sem faltas e com gols plásticos.

Para encerrar eu gostaria de falar sobreo comentário de um narrador durante a partida. Ele disse que esse jogo era a chance daqueles jogadores entrarem para a história. Eu discordo. Esses jogadores já entraram para a história.

Os tricolores nunca tiveram tantas alegrias quanto nessa Libertadores. A goleada contra o Arsenal coroada pelo Golaço de Dodô, o gol de cabeça de Washington nos acréscimos contra o São Paulo, os passes magníficos de Thiago Neves e a goleada no Boca vão ficar na memória dos torcedores por muito tempo.

E se preparem porque o Fluminense tem grandes chances de levar o Brasileirão.

E para comemorar, disponibilizo o download do DVD da conquista da Copa do Brasil de 2007.




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